A casa vazia, responde com um eco seco
o móvel da sala, apóia um vaso com flores mortas de saudades e sempre vivas
a poltrona, descansa os braços, jogada num canto sem futuro
o prato ronca de fome, sem ter a quem dar de comer, os talheres pigarreiam, escondendo a emoção do passar das horas mornas
Você saiu para um breve passeio e abreviou a esperança do sim, o não foi o mensageiro naquela tarde de novembro, ninguém deu maiores explicações para a sua partida, apenas diziam: —Foi um acidente...
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