sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bah!

 

 

 

Você, ali na porta,

tão corroído,

parecia um espantalho

roupa rasgada,

suja, sem moldura

olhos tristes, boca seca,

sem uma consoante

ou vogal

detonado...

Olhei com pesar,

não sei por que doía tanto,

vê-lo tão mal...

Tive vontade de lhe mostrar coisas boas,

novidades,

tive receios,

decidi encarar os fatos,

melhor assim...

Embriagado, quase cego,

sem esperanças...

Porém, com maturidade para entender melhor a vida.

As cicatrizes, profundas,

mostravam segurança...

Paixão, amor... Nunca mais...

Isso não é coisa que se faça...

O patinho feio