Você, ali na porta,
tão corroído,
parecia um espantalho
roupa rasgada,
suja, sem moldura
olhos tristes, boca seca,
sem uma consoante
ou vogal
detonado...
Olhei com pesar,
não sei por que doía tanto,
vê-lo tão mal...
Tive vontade de lhe mostrar coisas boas,
novidades,
tive receios,
decidi encarar os fatos,
melhor assim...
Embriagado, quase cego,
sem esperanças...
Porém, com maturidade para entender melhor a vida.
As cicatrizes, profundas,
mostravam segurança...
Paixão, amor... Nunca mais...
Isso não é coisa que se faça...