Ao anoitecer, estavam todos azuis, pareciam estrelas e
brilhavam como o sol. Ao amanhecer, eram uvas, bem tenras e doces, que foram
saboreadas por todos aqueles que quiseram experimentar a novidade. Na porta da
tarde, já eram cicatrizes de pelúcia e ninguém sabia de onde tinham vindo. Mas,
eles estavam lá e eram. Não havia dúvida. As cordas dos limites não conseguiam
segurá-los, eles estavam. As vogais e consoantes, brigavam por um espaço e
todos tinham voz, eles falavam. Ao morrer da madrugada, todos partiram inchados
de novidades e gratos de inspiração, eles se foram.
Mônica Banderas
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