quarta-feira, 22 de junho de 2016

Meu Toledo está doente




Meu cachorrinho Toledo, de repente, amanheceu sem poder andar. Nada quebrado ou fraturado.
Sem saber porque, fiquei muito triste. Após a ida ao veterinário, remédios tomados, ele continua sem andar. Porém, vejo que com uma melhor disposição para tentar.
Fiquei pensando: será que é um tipo de fraqueza emocional? Ele é um cachorro bem resolvido, brinca, bate, é bem alimentado,  corre e nunca se sentiu acuado por nenhum dos outros cachorros e é tratado por todos nós com muito carinho. 
Tem gente que fica assim, mesmo com o céu azul, dinheiro na conta, vida social equilibrada, família encaminhada e do nada, a pessoa se recusa a querer viver. Investiga daqui, investiga dali, chega-se a uma conclusão: algo a deixou com medo de continuar a viver. A pessoa começa a cair toda hora, perde a vontade de tomar banho, come qualquer coisa que lhe é oferecida, perde o paladar e começa a imaginar uma forma menos dolorosa para morrer. 
Investiguei uma pessoa em particular. Não vou citar nome. Mas, descobri de onde veio o medo dessa pessoa. Ela assistia e lia muitos fatos da pior realidade: crimes violentos, injustiça social, denúncias de desrespeito aos mais velhos, elevação da juventude, crises políticas e uma certa nuvem negra eterna, deixada pelos jornalistas e repórteres que só querem saber de ganhar o seu dinheiro e que pouco se importam com o que estão despejando de suas próprias goelas. 
Porém, houve apenas uma notícia que desencadeou todo o desespero dessa pessoa: uma mãe que envenenou os próprios filhos por não ter condições de sustentá-los. Não foi a morte das crianças que causou o susto e o medo consequente, foi a falta de observação das pessoas que sabiam da situação da mulher  e que nunca fizeram nada para ajudá-la e aos seus filhos. Isso, foi a gota d'água naquela mente tão cheia de problemas virais do dia a dia. E agora, como desencavar de dentro da memória, do coração e do imaginário dessa pessoa, toda essa carga emocional? 
Como você pode ajudar alguém que já enxerga a humanidade com tanto desprezo e que por isso mesmo já não quer ser parte dela?
Sei que meu cachorro, não pensa assim. Ele pode ter dezenas de outras dificuldades que serão observadas. Porém, a dor de quem está de fora, aguardando um sinal que seja, é angustiante. Ninguém quer ver seu ente querido alheio aos apelos emocionais da vida, alheio ao vento, ao sol, aos sabores dos alimentos e pior, alheio às pessoas que estão à sua volta, querendo respostas.
O inverno promete muitas coisas. Vamos trazer para nossas vidas, mais calor humano!

SEGUNDA PARTE: A melhora do meu Toledo!



Um comentário:

Mônica Banderas disse...

Meu Toledo melhorou. Dr. Bruno foi o grande anjo na vida do meu Toledo. Graças a Deus, está aprontando!

O patinho feio