
Meu cachorrinho Toledo, de repente, amanheceu sem poder andar. Nada quebrado ou fraturado.
Sem saber porque, fiquei muito triste.
Após a ida ao veterinário, remédios tomados, ele continua sem andar. Porém,
vejo que com uma melhor disposição para tentar.
Fiquei pensando: será que é um tipo de
fraqueza emocional? Ele é um cachorro bem resolvido, brinca, bate, é bem
alimentado, corre e nunca se sentiu
acuado por nenhum dos outros cachorros e é tratado por todos nós com muito
carinho.
Tem gente que fica assim, mesmo com o céu
azul, dinheiro na conta, vida social equilibrada, família encaminhada e do
nada, a pessoa se recusa a querer viver. Investiga daqui, investiga dali,
chega-se a uma conclusão: algo a deixou com medo de continuar a viver. A pessoa
começa a cair toda hora, perde a vontade de tomar banho, come qualquer coisa
que lhe é oferecida, perde o paladar e começa a imaginar uma forma menos
dolorosa para morrer.
Investiguei uma pessoa em particular. Não
vou citar nome. Mas, descobri de onde veio o medo dessa pessoa. Ela assistia e
lia muitos fatos da pior realidade: crimes violentos, injustiça social,
denúncias de desrespeito aos mais velhos, elevação da juventude, crises
políticas e uma certa nuvem negra eterna, deixada pelos jornalistas e
repórteres que só querem saber de ganhar o seu dinheiro e que pouco se importam
com o que estão despejando de suas próprias goelas.
Porém, houve apenas uma notícia que
desencadeou todo o desespero dessa pessoa: uma mãe que envenenou os próprios
filhos por não ter condições de sustentá-los. Não foi a morte das crianças que
causou o susto e o medo consequente, foi a falta de observação das pessoas que
sabiam da situação da mulher e que nunca fizeram nada para ajudá-la e aos
seus filhos. Isso, foi a gota d'água naquela mente tão cheia de problemas
virais do dia a dia. E agora, como desencavar de dentro da memória, do coração
e do imaginário dessa pessoa, toda essa carga emocional?
Como você pode ajudar alguém que já
enxerga a humanidade com tanto desprezo e que por isso mesmo já não quer ser
parte dela?
Sei que meu cachorro, não pensa assim. Ele
pode ter dezenas de outras dificuldades que serão observadas. Porém, a dor de
quem está de fora, aguardando um sinal que seja, é angustiante. Ninguém quer
ver seu ente querido alheio aos apelos emocionais da vida, alheio ao vento, ao
sol, aos sabores dos alimentos e pior, alheio às pessoas que estão à sua volta,
querendo respostas.
O inverno promete muitas coisas. Vamos
trazer para nossas vidas, mais calor humano!
SEGUNDA PARTE: A melhora do meu Toledo!
SEGUNDA PARTE: A melhora do meu Toledo!
Um comentário:
Meu Toledo melhorou. Dr. Bruno foi o grande anjo na vida do meu Toledo. Graças a Deus, está aprontando!
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