sábado, 21 de agosto de 2010

A morte é a companheira certa de todos nós…

 

arvoredo Francesco Lo Jacono

Se existe céu ou inferno, não sabemos. Queremos explicações para tudo e conseguimos para muitas situações. Porém, existe uma coisa que ninguém consegue explicação: a morte. Morrer é uma certeza e uma incerteza quanto ao dia que irá chegar para todos nós. Se puséssemos na cabeça que partir para sempre é inevitável, sofreríamos menos ou quase nada. Acho que uma mãe deveria logo na maternidade, receber um manual chamado: “Prepare-se para a morte de seu filho e o prepare também para a sua”. Esse pequeno tratado iria tratar da educação para a passagem dessa vida para a outra sem traumas ou desesperos. Afinal, choro não traz o morto de volta. Se trouxesse, o mundo viveria inundado. O que temos que fazer é mostrar que a vida tem que ser vivida com respeito e responsabilidade para que a dor da saudade não se misture à dor da culpa. Culpa por não ter sido amável, justo e tolerante com o falecido.

Acataria uma disciplina dentro das escolas, falando do exercício para entender e vivenciar a morte sem desespero ou loucuras. Mostrando que tudo tem um tempo nessa terra e que ninguém nasce para viver eternamente. E com isso, a didática seria para formar um ser humano mais inteirado com a sua própria vida e com a de toda sociedade, fazendo um trabalho pessoal levado ao encontro de uma boa qualidade de vida, sem medo e sem atropelos quando de encontro com a morte sua ou de outrem.

Viver é morrer todo segundo.

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O patinho feio