Amei a ternura que eu imaginava em você, existir.
Amei suas histórias pensando ser inéditas e para cada uma, dei um título exclusivo.
Amei tanto que desconfigurei a alma.
Ao fazer as contas, descobri, desencantada, a falência múltipla dos meus anseios.
Na banca rota, tive que recomeçar.
Tirar do futuro, o prego que precisava para pendurar a carcaça e investir o ar que restava, numa nova vida.
Hoje, a parede já está de pé. Tem até alguns quadros pendurados.
Ao designar o coração para o amor, descobri a beleza da dor, do feio e do medonho.
E conheci o caminho que vai dar nos infernos, sem precisar entrar...
Garanto que a reconstrução ficou mais forte e a beleza disso tudo nunca será ordinária.
Esse texto é dedicado a todos os belos monstros que habitam nossas mentes: Príapos, Quimeras, Faunos, Cíclopes e Minotauros, seres avassaladores que impõem a beleza do feio e castigam com a impossibilidade de os possuir.
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