A vida é intrigante, passa sem deixar vácuos. Temos que nos apressar, a noite chega e já é hora de dormir e um novo amanhã vai chegar sem folga. Temos que fazer o dever de casa antes que o tempo diga: acabou. A quem diremos oi? A quem daremos conta? Somos a verdade e a mentira que criamos e disso tudo, não sobra nada. Com a obra da artista plástica, Katerina Dramitinou eu fiz a pergunta, a quem diremos oi? E eu mesma respondo: a ninguém. Quando o fim chegar, a ninguém diremos nada, a fala vai acabar. Tão surreal quanto essas minhas palavras...
Um comentário:
O tempo é covarde. E imperfeito. Mas a gente entende, fazer o quê?: é invenção humana. Seu texto nos leva à reflexão sobre o fato de que, se nós mesmos não fizermos nossos momentos felizes, integrais, ne não buscarmos amor e doarmos amor, ninguém o fará por nós; ninguém nos chamará à vida, esse mistério louco.
Já viu como o tempo engana? Quando olhamos à frente, pensamos: ih, ainda temos tantas décadas... Mas quando se passa essa contagem humana, olhamos para trás e nem sabemos como chegamos lá tão rapidamente.
Fabbio
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