Eu procuro meus dons como quem caça as águas termais na Floresta Negra. Busco, intempestivamente, as cores, os sons, os contatos digitais, a profusão da pele em meio a vulcões estelares… busco, agressivamente, as escarpas infindáveis de meus neurônios tão revoltados pelo excesso de Lexotan. As impurezas agridem mas são removíveis, sabão de soda cáustica um bom removedor de gorduras abomináveis. Enquanto isso, os dons passeiam por aí, para serem encontrados. Eu quero a vida, sempre quis apesar de às vezes, me perguntar o porquê de tantas coisas inconcebíveis, tanta violência e covardia. Mas eu estou falando de dons… Eu os estou procurando e sei onde se escondem. Na arte de pintar e na música. São nessas cavernas claras que encontro a certeza do que procuro.

2 comentários:
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- Murk
Com Lexotan ou não, Mônica, seu inteligente texto proporciona procurarmos com calma e lucidez nossos verdadeiros dons em meio a "tantas coisas inconcebíveis", como você bem diz.
A
arte
cura
nossas
agruras.
Fabbio Cortez
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